Fiquei em dúvida entre fazer suspense ou entregar o ouro. Ontem escrevi alguns poemas, um soneto, uns quatro hai-kais e mais um poema. Pensei em não publicar nada, pensei em publicar tudo, pensei em escolher um ou uns. Vou compartilhar com vocês o Poema da Confiança, porque estamos em um momento sombrio, então o exercício da esperança é bem vindo. Tem coisa a se trabalhar na métrica e na pontuação, mas é um pedacinho do Esforço Absurdo, pra quem quiser ir acompanhando... Digam aí o que acharam!
POEMA DA CONFIANÇA
Confia em mim
Que logo a dor finda
Mas é que a hora do alívio não chegou
Ainda
Confia em mim que a nossa hora
Será linda
E por enquanto,
Nosso peito sente a lança
Desculpa, amor,
Mas pr'essa dor
Não tem fiança
E tudo o que eu tenho a dar
É aliança
E tudo o que te peço em troca
É confiança
Confia em mim
A gente vai sobreviver
A noite é longa
Mas supõe o amanhecer
Essa fissura abre caminho pro prazer
Essa história eu já ser
De A a Z
Sei todos comos, quandos, ondes e porquês
Se é que a vida implicita algum porquê
Confia em mim
Vai ser legal
Você vai ver
Confia em mim,
Vai começar meio esquisito
Mas vou tentar fazer do jeito mais bonito
A noite é longa
Mas a tua mão na minha
Faz de nós dois
Ninguém sozinho
Nem sozinha
A noite é longa
E sem tua mão vai ser pior
Tenho a certeza que amanhã vai ser maior
Segura a mão que estendo a ti
Como um anzol
Que quer fisgar você
Pra dentro dos meus braços
Vamos matar o breu,
Fazer parto do sol
Confia em mim
Confio em ti
É nosso laço
14 de maio de 2012
beijinhos de maracujá!
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